quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Bem pessoal, após uma temporada sem nada postar creio que está na hora de divagações sobre um mesmo tema: balões...
Nada mais lindo que uma criação em arte com balões, elaboradamente bem feito e maravilhosamente divulgado.
No mundo acredito que isto está alavancando através de industrias que acreditam na sua matéria prima, investindo em cursos, concursos, seminários, amostras de trabalhos de grandes e pequenos artistas. Enfim dando oportunidades a todos de mostrar seu potencial.
Criam-se cursos, mostras individuais ou coletivas com apoio de pessoas/grupos/indústrias que se interessam nesta arte. Daí que o profissional amadurece a cada dia, competindo consigo e com os outros de maneira prazeirosa.
Infelizmente em nosso país estamos engatinhando ainda. Apesar de muita gente boa criando e repassando suas criações a nós, ainda assim as indústrias não nos apoiam completamente (estamos no nordeste, galera!).
Quantas pessoas que vejo e ouço falar que são decoradores de festas, que trabalham com balões mas que não tem técnica e por isso pecam no resultado final. Ah gente, quantas vezes fui a bufês e me deparei com trabalhos interessantes mas sem nenhum cuidado em tamanhos, medições e acabamentos nos trabalhos, quantas vezes me senti frustrada e imensamente triste em ver o quanto de potencial estes "artistas-enchedores" tem...
Temos acredito eu, um problema central na questão da arte com balões que é o diferencial entre a arte com balões e o decorador de balões que trabalha só e apenas só com arcos, colunas e guirlandas onde preenche todo o espaço do evento com "tiras, pirulitos ou colunas" de balões além dos cachos para complementar. Do outro lado, aquele profissional que investe na carreira através de cursos no Brasil afora e que trabalha criando e realizando sonhos, desenvolvendo através de projetos imagens palpáveis inacreditalvelmente explendidas ou ainda, de forma menos grandiosa mas de grande valor artístico pequenos cenários de grande efeito.
Diante disso uma segunda questão: valores, preços do serviço!
No GBA sempre temos este impasse, essa curiosidade. Nos cursos idem. Como cobrar se você trabalha com arte, se você investiu tanto? Por quantidade ou por projeto?
Creio eu que a primeira coisa a se pensar é em qualificar este pessoal que trabalha por quantidade e ao mesmo tempo conscientizá-los que nossa profissão é como todas as demais.
Se valorizar como profissional faz parte de toda e qualquer atividade renumerada.
A partir do momento em que invisto, galgo um degrau na minha profissão. Se assim não for morro na praia.
Como cobrar do cliente envolve também outros aspectos. Se meu serviço é apenas com balão é dele que tirarei todos os encargos para sobrevivência da minha empresa (sim, temos que ter uma empresa e não aquela coisa de fundo de quintal), e a minha própria sobrevivência (me alimento, me visto, me divirto, pago contas também). Por outro lado tem aquele profissional de festas que além do balão trabalha com outros serviços: aluguel de mesas temáticas, bolos e docinhos, serviço de bufê, animação de festas, aluguel de roupas temáticas, serviços serigráficos, lembrancinhas, convites...ufa! Aí tem aquela coisa: não conseguiu fechar o contrato com a decoração com balões mas tem os outros serviços! Aí, beleza.
Calcular custos de um serviço não é um bicho de sete cabeças, muito menos de uma cabeça. Cálcular custos é antes de tudo investir na sua profissão e não somente em cursos na área como também ter noções básicas de atendimento, contabilidade, estoque, fornecedores e tantos outros.
Estas questões me parecem o começo para divagações e conversas a respeito. Serve como uma "boa entrada" para aquele chopinho de fim de tarde com nossos colegas de profissão.
Espero que sirva para questionamentos e que eu possa ouvi-los para, quem sabe, gritar EURECA: descobri uma fórmula perfeita para cobrar meus serviços de arte com balões! Ou então ouvir alguém gritar antes de mim. Por certo ficarei feliz.

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